25.1.05

MONOPÓLIO PÚBLICO

Trata-se de um jogo de sociedade, uma reprise do velho MONOPÓLIO - porém e infelizmente, decalcado da realidade!

Quem quiser compreender o atrofiamento da liberdade individual resultante do estatismo irracional e desenfreado, do desequilíbrio do poder de Estado face ao cidadão, assim como da sucessão de equívocos provocados pelo "pensamento único" de cariz pretensamente social, em tonalidades (já desbotadas, cada vez mais desbotadas!) socialistas, então, poderá divertir-se (?!) jogando o MONOPÓLIO PÚBLICO.

Neste jogo, cada jogador tentará percorrer um caminho (o seu caminho!) recheado de dificuldades, tais como pressões sindicais, medidadas de carácter "fiscal- confiscatórias", licenças e mais licenças, taxas e burocracias. O jogador deverá tentar "sobreviver".

Segundo os autores do MONOPÓLIO PÚBLICO, subvenções, ajudas de Estado e benefícios e financiamentos públicos, a fundo perdido, constituem uma primeira série de soluções, disponibilizadas aos jogadores, eficazes para levarem a cabo a sua hercúlea tarefa de "sobrevivência". Acrescentam: "o trabalho, o investimento e a luta pelo reconhecimento das nossas liberdades individuais" são outras soluções - mais árduas e ambiciosas - também colocadas em equação no jogo.


A ideia parece ser, além de interessante e minimamente divertida, muito pedagógica (se bem que susceptível de, ao jogar-se, ter-se uma inevitável tendência para "sorrisos amarelos", pensando naquilo que o jogo descreve e que, infelizmente, não é só jogo!).

Resta dizer que a invenção e a comercialização deste MONOPÓLIO PÚBLlCO, foi uma ideia de intervenção e de divulgação, com o objectivo de ganhar fundos, de uma surpreendente associação liberal francesa (sim, francesa de França - esse "país europeu semi-socialista", segundo a boa qualificação do Blasfemo João Miranda) de nome LIBERTÉ CHÉRIE .

Esta LIBERTÉ CHÉRIE tem no seu curriculum o facto de, em 2003, ter reagido decisivamente à onda de greves e manifestações de funciónarios públicos franceses que quase paralisou o país, "berrando" contra a reforma da respectiva Segurança Social. Com efeito, esta associação liberal conseguiu promover uma "contra-manifestação" que teve a adesão espontanea de mais de 100.000 pessoas e acabou por ser decisiva no regresso á normalidade.

Entretanto, esta associação começou já a comercializar um KIT de sobrevivência civil....contra greves e coisas quejandas que afectam a liberdade individual...