31.7.05

O argumento do alarmismo

Os defensores da Ota, nao tendo argumentos solidos numa perspectiva economico-financeira, "arrasam" com os riscos brutais de ter um aeroporto no meio da cidade e agitam sempre o espantalho da calamidade-mor, a possivel queda de uma aeronave na cidade.

Diga-se que Lisboa nao eh caso unico. Chicago O'Hare, Los Angeles, Miami, Newark, La Guardia, sao exemplos de aeroportos gigantescos inseridos em zonas altamente urbanizadas e nao consta que as respectivas populacoes estejam grandemente preocupadas com o risco de um aviao lhes cair no telhado. Eh alias bastante reduzida a probabilidade de um tal acidente acontecer, tendo em conta o baixissimo indice de sinistralidade dos avioes, com tendencia decrescente, o que faz deles o meio de transporte mais seguro.

Pode de facto acontecer que nos proximos 100 anos um Jumbo se espatife contra as Torres de Lisboa, por outras causas quer nao um atentado terrorista. Teriamos cerca de 1.000 mortos e uma enorme histeria mediatica. Entretanto, a probabilidade de morrerem cerca de 1.000 pessoas por ano nas estradas portuguesas eh um acontecimento quase certo.

Conclusao: ha que proibir desde ja os portugueses de andarem de automovel.