31.8.05

Razões

A principal razão avançada por Mário Soares para a sua candidatura é o de levantar o ânimo, devolver a esperança e o optimismo aos portugueses.
O que é um paradoxo, pois que a sua candidatura é o sinal mais evidente de depressão.
Tal como Mário Soares constata, ao verificar que «políticos mais novos» nem sequer se sentem atraídos ou estão interessados em tal cargo. Já ninguém quer saber, já ninguém acredita, pois que é tudo mais do mesmo. E na ausência de quem queira renovar, modificar, alterar profundamente, eis que surge o elemento agregador dos conservacionistas. Ele é o candidato que tentará até ao fim manter esta «república». A sua criação. É isso que está em causa. Ele não conseguiria assistir ao seu desmbramento e os tais «mais novos» não arriscam avançar para a destruir ou alterar profundamente enquanto ele estiver em cena.
Os portugueses olharão para os candidatos, tentando ver alguém que defenda vias para um futuro melhor e apenas verão candidatos olhando para trás. Carregados de pergaminhos e medalhas. Mas sem sopro de vida.