30.12.05

Burocracia eleitoral

O Tribunal Constitucional decidiu recusar sete das candidaturas presidenciais, a pretexto de irregularidades várias. Se esta notícia corresponder à verdade, os casos mais gritantes serão os de Manuela Magno que, dentro das instalações do Tribunal Constitucional, terá sido impedida de entregar 109 (para completar 7500) certidões das Juntas de freguesia e de Teresa Lameiro, a candidata que se deslocou de Gaia a Lisboa, de comboio, para entregar as assinaturas necessárias, cuja candidatura terá sido recusada por um lapso no preenchimento das declarações dos proponentes.
Garcia Pereira acabou por ser (enquanto não são decididos os recursos dos demais candidatos) o único outsider a ver a sua candidatura admitida.
Que dizer disto tudo? O grande inimigo das pequenas candidaturas são as Juntas de Freguesia, incapazes de dar resposta, por ignorância, escassez de meios ou outras razões, de emitir nos prazos legais as almejadas certidões que confirmam a condição de eleitor dos proponentes. Existindo um organismo público no qual a informação sobre recenseamento se encontra centralizada, através do qual é possível, inclusivamente, consultar os cadernos eleitorais, porque não emite o STAPE as referidas certidões?