29.3.07

Exemplificando

Sobre um texto meu para o PÚBLICO que aqui transcrevi escreve Rui Pena Pires http://ocanhoto.blogspot.com/2007/03/corporativismos.html

Corporativismos
Fala-se hoje muito de corporações e de práticas corporativistas. Nem sempre, no entanto, usando os nomes para designar a coisa certa.1.
Infelizmente, não é fácil definir de modo simultaneamente claro, simples e acessível o que é “corporativismo”. É mais fácil exemplificar. Por exemplo, se alguém se queixa da actuação concreta de um médico concreto e tem como resposta “os médicos são profissionais de elevada qualificação, competentes e sérios”, encontrou o corporativismo. Neste caso, manifestando-se na defesa do colectivo não mencionado na queixa (os médicos) através da recusa da responsabilização de um membro específico desse colectivo. O cerrar de fileiras do colectivo quando um dos seus membros é posto em causa constitui sintoma típico do agir corporativo.
2. Mais fácil ainda é reconhecer o corporativismo em acção. Como quando Helena Matos, no Público de 27 de Março (de 2007), responde a mudanças no Estatuto dos Jornalistas, justificadas pela necessidade de limitar a confusão entre jornalismo e “jornalismo de sarjeta”, afirmando, em contraponto à justificação, “eu prefiro mil vezes os jornalistas de sarjeta aos qualificados queixinhas” (isto é, aos jornalistas que se queixam do tal “jornalismo de sarjeta”). Prefere, portanto, um estatuto que não distinga e auto-regule, pois fundamental é cerrar fileiras em defesa da profissão. Assim transformada em corporação»

Ora vamos lá exemplificar: os jornalistas são exactamente como todos os cidadãos e vão e devem ir a tribunal como qualquer outro cidadão.

Estatuto algum pode ou deve distinguir jornalismo de sarjeta ou jornalismo de referência... O que temos são notícias que independentemente da natureza e da qualidade do meio em que são publicadas podem colocar em causa direitos e princípios. Para avaliar isso existem os tribunais.

E sobretudo é importante que se partamos de exemplos: o que é o "jornalismo de sarjeta"? Onde estão as notícias que faz ou fez?